Thelma Assis comenta caso no BBB: “Passei anos da minha vida ouvindo que meu cabelo era ruim”
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Campeã da última edição do reality diz que comentários podem ativar gatilhos
Em conversa nesta terça-feira (06) com a Folha de São Paulo e a Vogue, a médica anestesiologista Thelma Assis comentou sobre fala racista que movimentou a última noite no reality show e as redes sociais envolvendo os participantes João Luiz (pipoca) e Rodolffo (camarote). Ela diz que a polêmica entre os confinados a faz relembrar do próprio passado de preconceito e discriminação.
“Passei muitos anos da minha vida ouvindo que meu cabelo era ruim, feio, que precisava ter menos volume; ouvia comparações em tom de piada”, contou ela à Vogue. “Escondia minha própria identidade através de químicas que, além de machucar fisicamente o meu couro cabeludo, me machucavam emocionalmente porque tentava me encaixar em padrões que não refletiam a minha história.”
O cantor sertanejo, ao ser alertado sobre sua fala, tentou rebater dizendo que seu pai tem cabelos crespos e que, portanto, não poderia ser racista. Para a médica, este fato não pode servir de justificativa para uma fala como a que ele pronunciou no programa. “Ao ser advertida, a pessoa reafirma, não admite o erro e ainda tenta justificar com vivência, criação ou, pior ainda, dizendo que alguém próximo também é negro, minimizando ainda mais a dor do outro”, disse.
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A entrevista completa você pode conferir no F5 e na Vogue.
Trajetória campeã
A médica Thelma Assis ganhou notoriedade na mídia após participar e vencer a 20ª edição do reality show Big Brother Brasil. Agora, ela conta com um quadro de saúde no ‘É de Casa’, na Globo, se tornou porta-voz de várias causas, é influencer, virou garota-propaganda de marcas de beleza e até da Prefeitura de São Paulo, além de acumular milhões de seguidores em suas redes sociais e de views em seu canal no YouTube. Como não amar Thelminha?
Ela atuou na linha de frente contra a Covid-19 no maior hospital do Amazonas, o Hospital 28 de Agosto, em Manaus. A médica afirmou que já vinha se engajando na campanha “Respira Amazonas”, desde as primeiras notícias da situação da cidade. Após ajudar na campanha de arrecadação de cilindros de oxigênio e insumos ela optou ir para Manaus, “para dar todo o suporte necessário como médica nos hospitais”.
E não para por aí, Thelma Assis agora integra o primeiro grupo da iniciativa “Fundo Vozes Negras” do YouTube. O anúncio, que tem sido realizado nas últimas semanas, traz uma lista global de projetos originais dedicados a amplificar os criadores de conteúdo negros de todo o mundo. Ao total foram selecionados 132 canais que irão receber recursos e mentorias da plataforma de vídeo para produção de conteúdos em seus canais oficiais. Os novos projetos foram viabilizados por um fundo de US $100 milhões anunciado em junho de 2020 pela CEO da plataforma, Susan Wojcicki.
“Estou muito feliz com a sua participação no Fundo Vozes Negras do YouTube! Este fundo é apenas uma parte de nosso esforço contínuo para fazer da nossa plataforma um lugar onde negros e negras possam compartilhar suas histórias e serem acolhidos”, comenta Thelminha sobre sua participação no projeto.