Giulia Be compartilha as novidades de sua carreira em entrevista exclusiva
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A cantora e compositora revela suas percepções sobre a fama e a carreira internacional
Em entrevista exclusiva para o portal Glamurama, Giulia Be releva detalhes de sua relação com a fama, carreira internacional e detalhes curiosos de como conheceu o DJ e produtor musical americano Thomas Wesley, mais conhecido como Diplo.
Veja na íntegra as perguntas e respostas publicadas no portal e relembre os hits da artista:
Glamurama: A pergunta que não quer calar: vai rolar mesmo sua parceria com o Diplo?
Giulia Be: Só o tempo vai dizer! Seria incrível entrar no estúdio com ele pra escrever e produzir algo no futuro. Admiro muito a carreira dele, seu trabalho com a Mad Decent, Silk City e Major Lazer… se (ou quando) essa parceria acontecer, será incrível, tenho certeza.
Glamurama: Como foi o papo com ele? Como se conheceram?
Giulia Be: No avião! Acredita? Só não digo que foi coincidência porque tenho certeza que foi Deus (risos). Comprei o voo na noite anterior porque minha amiga tinha esquecido de comprar e tinha esgotado. Nisso tudo, remarquei o meu pra ela não ter que viajar sozinha e acabamos no aeroporto de Puerto Vallarta pegando um voo para Cidade do México. Acabei sentando do lado da Victoria, uma das amigas que estavam viajando com ele, e percebi que ela estava escutando no fone a música “Brazilian Rhyme”, uma das minhas músicas prediletas do Earth, Wind and Fire que está no DVD que eles gravaram no Rio, em 1980. Conversa vai, conversa vem, chegamos a conclusão que estávamos todos indo passar a semana no mesmo lugar, ficando em hotéis super próximos, nas mesmas datas. O mais louco é que todos eles também compraram aquele mesmo voo na noite anterior, porque tinham decidido ir de última hora. Chegando lá, acabamos nos vendo quase todos os dias, ficamos todos muito amigos. Detalhe, o primeiro ‘rolê’ que ele me chamou pra ir, antes de trocar sequer uns 15 minutos de conversa, foi um ritual xamânico de renascimento espiritual tradicional do México chamado Temazcal — depois pesquisa e imagina essa cena! Prometo que você vai rir. Ou chorar. (risos) Parecia coisa de filme, sabe? Foi demais.
Glamurama: Você já era fã de Diplo?
Giula Be: Sim! Acho muito legal como ele busca o melhor e mais novo da música de diversos países e traz isso pro universo dele. Ele me contou de quando morou no Brasil, anos atrás, e todo o amor que ele sente pelo nosso país e pelos grandes amigos que ele guarda daqui, desde Anitta até o cara que vendia açaí perto da casa dele. É nítido pra mim como ele sempre pensa à frente na vida e ainda mais na música. Ele faz qualquer coisa e dois anos depois está todo mundo copiando e dizendo que é a mais nova onda, e ele já vai estar surfando (e criando) a próxima. Isso é genial, uma grande inspiração pra mim. No fim do dia, tudo volta para o amor pela música boa e a vontade de fazê-la pelo resto da vida, princípio forte que a gente divide.
Glamurama: O que acha das parcerias dele com Anitta, Pabllo e outros brasileiros?
Giulia Be: O projeto dele, Major Lazer, trouxe muita visibilidade pro Brasil no cenário internacional, além de ter rendido muita música vibe. Como fã e ouvinte, tudo é incrível, como brasileira, mais ainda.
Glamurama: Por falar nisso, você tem planos de trilhar carreira internacional?
Giulia Be: Eu sempre falo que não vejo muito isso de carreira “nacional” e “internacional”. Cada vez mais fica claro que o idioma não vai ser o fator decisivo no êxito de nenhuma canção, e que arte não tem muita regra, só estratégias. Quero me surpreender e explorar todos meus limites… poder trabalhar com pessoas que admiro, sejam do Brasil, EUA, França, Coreia, África… e por aí vai! Tem muita música interessante rolando em tudo o que é lugar e seria um privilégio poder fazer parte dessas histórias, trazer um gostinho brasileiro para novos espaços. No momento, estou amando viver todos os meus projetos com foco no Brasil, e tenho certeza que minha música ainda tem muita gente para atingir aqui e muito caminho musical pra explorar, mas nunca vou fechar nenhuma porta. Carreira a gente tem uma só, e dentro dela a gente faz escolhas e busca oportunidades. Meu sonho é poder entregar minhas composições e minhas verdades para quem quiser ouvir, no Brasil ou fora dele.
Glamurama: Pretende compor e cantar em outros idiomas?
Giulia Be: Hoje, quando escrevo, meu foco é na língua portuguesa, porque flui naturalmente quando estou no estúdio. Meu primeiro single, “Too Bad”, foi em inglês. Mais recentemente tive a “17” (parceria com uma promessa do R&B americano, Pink $weats) e também “Plan B” que lancei no meu EP. Em espanhol já lancei “Inolvidable” e “Chiquita Suelta”, e como se pode imaginar, esse meu tempo em Miami com certeza trará mais frutos vindos da terra do reggaeton. Espanhol já é um pouco mais difícil porque o meu espanhol é mais acadêmico, de quem aprendeu em aula e não nas “calles”, mas passar esse tempo com tanta gente que o tem como idioma nativo vai ser super importante. Mesmo focando no português no momento, acredito que o tempo no estúdio me trará oportunidades para explorar um pouco de tudo. O mais importante é que a música tenha verdade e entrega.
Glamurama: Ter 21 anos e ser a 5ª cantora mais escutada no Spotify Brasil é uma responsa, né?
Giulia Be: Nossa… só essa pergunta já me fez sentir uma responsa (risos). Acho que, como em qualquer trabalho, existe cobrança, seja por minha parte, porque sou muito perfeccionista, chata mesmo (risos), ou por parte dos outros. A juventude faz isso pesar mais ainda, porque temos uma responsabilidade de não errar, mas não tivemos ainda a experiência de aprender com nossos erros. Se deixar, isso acaba te “tiltando” um pouco, mesmo. Então, tento não deixar. Ser a 5ª cantora mais ouvida no Spotify é incrível. No fim do dia eu faria tudo igual e de novo mil vezes, passaria por todas as ansiedades e todas as quebradas de cara que tive pra chegar nesse momento. Já senti de perto a beleza do amor que existe entre meu público e minha música. É inexplicável e só gera muita gratidão. Qualquer responsabilidade ou cobrança fica em segundo plano. Amo receber mensagens dizendo que minha música serviu de apoio, catarse, sorriso, porque sei o quanto a música também me salvou quando eu mais precisava. É uma responsa? Sim. Mas é um sonho se realizando que me deixa muito animada pro futuro.
Glamurama: Como você encara a fama sendo tão nova?
Giulia Be: Acho que minha ficha deve estar pra cair ou algo assim quando se trata desse assunto. Encaro a fama como consequência de um trabalho bem feito, de uma equipe que ralou muito para que aquelas músicas alcançassem aqueles espaços. Disso eu tenho muito orgulho! De mim, e mais ainda do meu time, que faz tudo fluir no caminho certo. Gosto de tirar o positivo de qualquer situação, e às vezes passar por uma polêmica, uma invasão de privacidade, ou um ataque cibernético, ainda que difícil, pode ser também parte de um plano muito maior para o qual Deus está, de pouco em pouco, me calejando.
Glamurama: Depois do EP ‘Solta’, quais seus planos?
Giulia Be: O que posso adiantar é que tem muita coisa boa planejada para minha carreira em 2021. Ainda não posso dizer exatamente o que é, mas estou em Miami com uma agenda intensa de estúdio. Estou dando tudo de mim nesses novos projetos e não vejo a hora de dividi-los com o mundo. São muitas reuniões, noites com poucas horas de sono, mas tudo vale a pena. Quero transmitir muita coisa boa para todos em 2021 e quero minhas músicas carregadas com essa energia (…) Se tem uma coisa de 2020 nos ensinou, é que não tem mais regra, então estou seguindo meu coração, que no momento está aqui, nos Estados Unidos, mas doido pra voltar pro Brasil e soltar tudo pra vocês. (por Luzara Pinho)
Escute todos os sucessos do EP Solta Deluxe de Giulia Be, com o hit “Plan B”: