Coluna da Cleo: artista conversa na Vogue sobre a importância da imprensa racializada
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A atriz e cantora bateu um papo com o editor chefe do Alma Preta Jornalismo, agência de jornalismo especializada na temática racial do Brasil: “conhecimento é poder e ter acesso é transformador”
A coluna na Vogue da Cleo dessa semana chega, novamente, de um lugar de escuta ativa que a artista tem buscado praticar cada vez mais. Em conversa com o editor chefe do Alma Preta Jornalismo, Pedro Borges, eles conversam sobre diversos tópicos sobre como o racismo influencia as informações na internet, assim como tem se dado a participação e inclusão de profissionais negros no jornalismo brasileiro.
“Ao mesmo tempo em que temos atualmente enfrentado o problema das fake news além de um processo de desinformação que tem se espalhado pela população, temos na contra mão veículos realmente fiéis aos conceitos do jornalismo, no qual apoiam e disseminam informações verídicas de relevância social e política. Eu sigo e acompanho vários desses portais de comunicação, tenho procurado cada vez mais estar atenta às informações que chegam até mim e tenho questionado sempre a veracidade dessas notícias. Foi assim que, há algum tempo, conheci o trabalho do Alma Preta Jornalismo”.
O primeiro contato de Cleo com Pedro Borges foi em uma ação da artista em sua conta do Twitter em junho de 2020, quando durante dois meses cedeu a seu perfil para diversas personalidades ocuparem o espaço e transmitirem aos seus seguidores informações importantes referentes ao racismo no Brasil. Pensando nisso, Cleo convidou o Pedro para uma entrevista na sua coluna na Vogue.
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A conversa com o Pedro esclarece se o cenário para profissionais negros tem mudado, como o Alma Preta Jornalismo age na luta antirracista no nosso país, sobre a força dos movimentos raciais que vimos ano passado, sobre a estrutura racista que permeia todos os âmbitos do nosso sistema, como o trabalho deles tem trazido uma nova narrativa para o jornalismo brasileiro e sobre como eles começaram uma reformulação na linha editorial do site.
Uma frase do Pedro, enquanto ele fala sobre os movimentos raciais que aconteceram ano passado, chama muita atenção: “É muito difícil hoje em dia, depois dessas manifestações que aconteceram em um volume muito grande, alguém sustentar uma ideia de que não existe racismo no Brasil e de que o racismo não é um elemento estrutural”.
Após isso, Cleo completa: “E qual o meu papel nisso? Qual o seu papel nisso?
É o de escuta. Aprendizado. Reflexão. Mudança de comportamento. É assim que a gente contribui. E não pense que é fácil. Não é! O racismo está enraizado em todos, porque crescemos em uma sociedade estruturalmente racista. Realizar a mudança de ideias, a reflexão nas ações e aprender com tudo isso para não perpetuar essas ações faz com que você confronte vários dos seus privilégios e isso causa desconforto. Mas é necessário!”.
Confira o vídeo completo da entrevista na íntegra através do site.