“Purakê” traz Gaby Amarantos em uma versão ainda mais surpreendente
Voltar“Purakê” traz Gaby Amarantos em uma versão ainda mais surpreendente
Segundo álbum de estúdio da cantora foi lançado no dia 2 de setembro
Gaby Amarantos lançou, ontem (02), seu segundo trabalho em estúdio intitulado “Purakê”, uma alusão ao peixe elétrico pré-histórico da Amazônia, cuja voltagem chega a 860 volts, enfatizando a eletricidade natural que a cantora considera uma característica de toda sua força e representatividade como mulher e cantora brasileira.
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Com um total de 13 músicas, o público pode esperar um trabalho ímpar, totalmente visual – cada faixa conta com um conteúdo animado conhecido pelo conceito de clipelizer-, feats surpreendentes e uma sonoridade na melhor versão de Gaby Amarantos.
“Teremos logo na faixa de abertura, uma canção chamada ‘Última Lágrima’ com parceria de Elza Soares, Dona Onete e Alcione. Já dá até para imaginar a grandiosidade dessa união de vozes.”, diz. “O álbum tem desde músicas que são mais românticas e lentas para você se deitar, refletir e ouvir, até aquelas que são extremamente dançantes. Vai ser uma mistura de sonoridades de uma Amazônia do futuro, tenho certeza de que o público irá amar”, complementa a artista.
O single “Amor Pra Recordar”, um feat. com Liniker, faz parte deste novo disco e foi lançado recentemente com um clipe cinematográfico, recheado de emoção e fazendo uma homenagem para as mulheres ribeirinhas do Norte do Brasil, um uníssono que faz a alma marejar. Assista:
“Vênus Em Escorpião”, um brega punk lançado em novembro de 2020, com participação de Ney Matogrosso e Urias, também foi lançada anteriormente. A música fala sobre intensidade amorosa em meio ao caos e ao mesmo tempo trata de uma crítica às agressões que o meio ambiente vem sofrendo, queimadas, desmatamento e outras, sempre de forma leve e bem-humorada como é da natureza da Gaby. Relembre:
“Tchau”, nas plataformas de streaming desde fevereiro, contou com Jaloo, que assina a produção musical de “Purakê”. A faixa fala sobre uma relação tóxica que começa com uma noite de sexo e termina em uma situação de codependência.
Já em “Opará”, feat com a cantora baiana Luedji Luna, considera-se a representação da sereia do asfalto que existe dentro de cada mulher. “Amor Fake”, a terceira faixa do trabalho, é um brega que vem acompanhado com um som de saudade que se faz atual ao declarar guerra contra tudo que é fake.
E para falar de amor da maneira mais atual possível, Gaby traz “Sangrando”, um feat com Potyguara Bardo. A canção é uma “sofrência” moderna onde Romeu é uma drag queen e Julieta uma mulher preta.
“Embraza” é um convite para todos se imaginarem no solstício tropical colocando o pé na água doce da praia de rio. Na música “Rio”, Gaby leva todos para a visualização do Norte do Brasil no mapa do mundo.
Na nona faixa intitulada “Selfie”, a cantora brinca que se trata de um brega que Reginaldo Rossi cantaria nos dias de hoje. Em “Rolha”, o público vai poder apreciar uma cumbia eletrônica, ritmo bastante popular na América Latina.
Com “Iniciação”, Gaby quer enfatizar a vivência de uma paraense que decidiu aproveitar o carnaval na Bahia e “Arreda”, feat com Leona Vingativa e Viviane Batidão, trata-se de um tecno brega afro punk, para ninguém ficar parado literalmente.
Sobre a produção e o processo criativo de “Purakê”, Gaby Amarantos ressalta sua vontade de trazer mensagens que pudessem mostrar as características de um país mais profundo e todas as suas facetas. “Em muitas partes do Brasil, ainda vemos pessoas com pouca infraestrutura e passando por muitas dificuldades, seres humanos quase invisíveis, mas que possuem muita história de garra e determinação. Trago neste trabalho muito do olhar aos ribeirinhos e minha essência e vivência tanto no âmbito pessoal quanto espiritual. Jaloo me ajudou a casar toda essa criatividade em uma sonoridade que conversa com a natureza e traz uma eletricidade natural em cada faixa”, conclui.
“Purakê” é um lançamento da Amarantos Eleva com distribuição da gravadora Deck. Fato curioso é que todo o processo de composição e produção musical aconteceu a bordo de um barco no Rio Tapajós, na Amazônia. Ouça o disco completo no Spotify: