Mariana Goldfarb fala sobre autoestima e amor próprio Em live com a Vogue Brasil

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Mariana Goldfarb fala sobre autoestima e amor próprio no quadro Vogue Live

Bate papo foi mediado pela produtora de conteúdo de cultura e lifestyle da Vogue Brasil Laís Franklin e se encontra disponível no IGTV da revista

 

Durante a quarentena, umas das práticas mais usuais tem sido as lives promovidas pelos principais canais de entretenimento, que tem o objetivo de compartilhar e dividir informações e assuntos relevantes para as pessoas, principalmente neste momento de isolamento social. Um dos bons exemplos destas transmissões é o quadro Vogue Live promovido pela Vogue Brasil, que vem reunindo diferentes personagens do cenário brasileiro, mediados por produtoras e produtores da empresa.

Nesta quinta feira (16), a convidada da vez foi a modelo e apresentadora carioca Mariana Goldfarb. Em um bate papo mediado pela produtora de cultura e lifestyle da Vogue, Laís Franklin, as duas os temas autoestima e amor próprio, em uma conversa descontraída. Separamos aqui alguns dos principais momentos da entrevista, disponível no IGTV do perfil do Instagram da Vogue Brasil.

 

O que você aprendeu sobre si mesma durante a quarentena?

MARI. Eu aprendi muito. Percebi tanto coisas que eu gostei quanto outras que nem tanto. Acredito que o processo de autoconhecimento passa por nós olharmos para o que é legal e o que não é tão bom assim. Descobri de mais sobre meu lado teimoso e rebelde, sobre meus questionamentos e comecei a dar mais espaço para isso aflorar. Nós somos ensinados a aceitarmos as coisas sem questionarmos, seguir certos modos e maneiras pré programados. Desta forma acabamos por reprimir os nossos sentimentos. Então comecei a perceber que essa faceta de ir um pouco contra a maré é um lado que está dentro de mim e não vai embora. Além disso, aprendi mais sobre coisas muito boas em minha pessoa como meu poder de resiliência, paciência, generosidade e compaixão.

Como você tem lidado com a questão do isolamento, de estar longe das pessoas?

MARI. Em casa tenho meu marido, então não estou exatamente sozinha, e a Sofia está aqui as vezes, mas eu não senti muito isso. Sou uma pessoa que me dou muito bem e gosto muito de ficar sozinha. Eu tenho uma sombra que é minha cachorrinha Lola e me acompanha onde vou, e eu me sinto bem no meu universo, onde posso aproveitar para estudar, ler e outras atividades que o momento proporciona.

Vi que você está lendo Sidarta , livro inspirado na tradição contada da doutrina Budista. Como você está encontrando o seu caminho do meio, seu Nirvana?

MARI. Eu, como pisciana tenho uma vida que consiste em muitos autos e baixos, em muita mudança, então tem dias que estou super Zen, calma, em outros estou mais difícil de lidar, e uma das formas que me ajuda a encontrar esse meio termo é através da leitura. Além do “Sidarta”, que já terminei, estou lendo a “Autobiografia de um Iogue”, leio muito Paulo Coelho, que são obras que, de diferentes vertentes, acabam falam da mesma coisa: encontrar seu propósito, sua verdade, sem atrapalhar e interferir na vida e no caminho dos outros e não deixar o ambiente externo influenciar suas ações.

Como é sua relação com o autoamor? Isso foi mudando ao longo do tempo em sua vida?

MARI. Essa questão para mim já foi muito difícil. Não tenho problema de dizer e não escondo que já me modifiquei muito, usei Botox no rosto. Já fui de certa forma julgada por meu corpo não ser o padrão violão e atlético, e por outros aspectos estéticos, que acabaram por criar em mim um transtorno de imagem. Mas eu superei esta insegurança e hoje em dia eu já não me importo e não me afeto mais como antes. Eu amadureci e, muito por questão de autoconhecimento, não me permito mais ser levada por esses sentimentos. Outras coisas que ajudam muito são terapia, selecionar quem você divide sua intimidade, filtrar os conteúdos que você consome. Tudo isso é um processo de aceitação e que passa pelo nosso discernimento do que nos faz feliz, e que nos torna fortes em todos os âmbitos.

Qual a primeira coisa que você pretende fazer quando passar esta pandemia?

MARI. Uma das coisas que mais sinto falta é tomar um banho de cachoeira. É algo que amo e renova minhas energias. Estou com saudade da praia, de poder caminhar no calçadão, tomar uma água de coco. De abraçar as pessoas que eu gosto. São estas coisas simples.

Como se associar a uma vida leve em meio ao caos que estamos vivendo?

MARI. É difícil responder isso, mas eu acho que precisamos nos blindar e não consumir demais notícias ruins. É importante se atualizar e se inteirar das coisas que estão acontecendo no mundo. Mas não acho que seja saudável estar o tempo todo buscando a negatividade, e tentar focar no positivo. Acredito que estamos passando por esse momento por uma questão maior. Sei que tem muita dificuldade e pessoas morrendo. Mas é um momento que podemos refletir mais sobre a questão do dinheiro, da empatia e pensar mais no coletivo que no individual. É um momento de nos conectarmos e nos aproximarmos como pessoas, ao mesmo tempo exitando relações tóxicas.

 

Confira a entrevista completa através do IGTV da Vogue:

https://www.instagram.com/tv/CCrUmHeFHIu/